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Compreender uma cidade só é possível através de diferentes abordagens e múltiplas perspectivas e olhares. Como elemento vivo e central das sociedades urbanas, a cidade recria-se constantemente, através dos usos e dos sentidos que, cotidiana ou extraordinariamente, a ela atribuímos. Falar da cidade é falar das várias e, às vezes, divergentes formas de apropriação e re-significação de seu espaço. Belo Horizonte é, neste livro, interpretada e narrada através da poesia, dos sentidos originais de sua Avenida do Contorno, das histórias contadas sobre fatos vividos na boemia e na marginalidade no Bairro Lagoinha e através do entendimento da especulação imobiliária como desfiguradora da imagem da cidade.
