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Baby… Rock! Histórias do Rock’n’Roll no Brasil de 1955 a 1965
O Brasil ouviu rock'n'roll pela primeira vez na noite de 26 de outubro de 1955, quando a cantora Nora Ney interpretou, no auditório da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, a música Rock Around the Clock, do repertório de Bill Haley and His Comets. Ela havia gravado e lançado a canção naquela mesma semana, com letra em inglês, mas com o título Ronda das Horas, em português. Quase dez anos depois, na tarde de 22 de agosto de 1965, o cantor Roberto Carlos subiu ao palco do Teatro Record, em São Paulo, para apresentar o primeiro programa Jovem Guarda. Ainda naquele ano, ele lançaria o sucesso Quero que Vá Tudo pro Inferno. Ao longo de 392 páginas e com base em dezenas de entrevistas e depoimentos, Baby… Rock! conta como, de um momento ao outro, o rock deixou de ser um alienígena no cenário da música brasileira para embalar a juventude em todos os cantos do país. Foram muitos os responsáveis pela transformação, em especial uma cantora que encarnou como ninguém esse gênero musical em seus primeiros anos no Brasil: Celly Campello. Antes que Roberto Carlos fosse chamado de rei, ela ganhou o título de rainha do rock, ao interpretar canções como Estúpido Cupido e Banho de Lua. Também nesses dez anos, Cauby Peixoto gravou Rock'n'Roll em Copacabana, primeiro rock escrito originalmente em português; Carlos Gonzaga chegou ao topo das paradas com Diana; os comunicadores Carlos Imperial, Antônio Aguillar e Miguel Vaccaro Netto chacoalharam as ondas do rádio e da TV; e Ronnie Cord cantou as loucuras da juventude paulistana dos anos 1960, em Rua Augusta. Em meio à dor de cotovelo dos sambas-canções e aos acordes dissonantes da bossa nova, essa geração de pioneiros ousou fazer rock no Brasil, nos dez anos que antecederam o estouro da Jovem Guarda.
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