ECOS DO MUNDO - 1ªED.(2019)

ECOS DO MUNDO - 1ªED.(2019)

R$99,90

3 x de R$33,30 sem juros
Entregas para o CEP:

Meios de envio

  • Livraria e Editora Scriptum Rua Fernandes Tourinho, 99, Belo Horizonte (MG)
    Grátis
Entregas para todo o Brasil por Correios
Pedidos recebidos até às 13h de cada dia útil serão enviados no mesmo dia. Pedidos feitos após esse horário serão enviados apenas no próximo dia útil, sujeitos portanto a alteração na estimativa de prazo de entrega.
Entrega expressa para clientes em Belo Horizonte, MG.
Para clientes localizados em Belo Horizonte, MG, oferecemos entrega expressa por motoboy, com valor a combinar, pago por PIX. Basta selecionar a opção de frete ou entrar em contato por WhatsApp.

SINOPSE

Conhecido mundialmente como um mestre do romance, Eça de Queiroz (1845-1900) atuou em outros gêneros, entre eles a crônica jornalística. Parte de sua colaboração em periódicos trata de assuntos internacionais, valendo-se do conhecimento do escritor como diplomata. A CARAMBAIA lança agora uma seleção desses textos em Ecos do mundo, organizada pelo escritor, tradutor e editor Rodrigo Lacerda, que assina também a apresentação. Os artigos se alternam entre observações espirituosas de costumes, análises detalhadas do xadrez geopolítico da época, reflexões sobre tendências intelectuais e artísticas em Londres e Paris e narrações que beiram a escrita ficcional.

O Brasil ocupa a primeira parte de Ecos do mundo – título inspirado na coluna “Ecos de Paris”, publicada no jornal carioca Gazeta de Notícias, periódico em que se deu a mais longa colaboração jornalística de Eça (1880 a 1897). Em nove crônicas, fica evidente que o escritor via o Brasil com simpatia, sobretudo quando comparado a Portugal. Na provocadora crônica “O brasileiro”, que se refere aos portugueses que vêm morar no Brasil e retornam, Eça é taxativo: “Nós somos o germe, eles são o fruto: é como se a espiga se risse da semente. Pelo contrário! O brasileiro é bem mais respeitável, porque é completo, atingiu o seu pleno desenvolvimento; nós permanecemos rudimentares”.

Isso não quer dizer que o Brasil e os brasileiros sejam poupados da célebre ironia de Eça. Uma crônica descreve a confusa figura de D. Pedro II viajando pela Europa, sem saber se é imperador ou cientista – e sem convencer em nenhum dos papéis. Outra narrativa descreve e comenta o pandemônio provocado por estudantes durante a passagem da diva dos palcos Sarah Bernhardt pelo Rio de Janeiro.

Nas demais partes do livro, estão reunidos artigos não só sobre os lugares em que Eça morou, Inglaterra e França, mas também sobre a Itália, a Turquia, a China, a Tailândia e outros países, a maioria deles enredados em conflitos internos e externos. Eça escreve sobre alterações radicais no tabuleiro internacional, como a unificação da Itália e o desmoronamento do Império Otomano. Ao apresentar a seleção, Rodrigo Lacerda afirma que “o mundo em que Eça de Queiroz escrevia era ao mesmo tempo muito diferente e muito parecido com o nosso”. Se por um lado o autor discorre sobre o fim de diversas monarquias, também vislumbra as forças emergentes dos Estados Unidos e da China.

De seus postos de observação na segunda metade do “século escrevinhador”, quando os jovens “sofrem dessa posição ínfima e zoológica a que a ciência reduziu o homem”, Eça desenha um panorama que se estende para o passado e o futuro. Numa crônica sobre o esmaecimento da importância política e histórica da Revolução Francesa, lembra que na sua infância os eventos de 1789 ainda pareciam muito próximos na memória coletiva. E em “A perseguição dos judeus”, relata o preâmbulo dos acontecimentos dramáticos na Alemanha do século XX.

O projeto gráfico de Ecos do mundo, de Mayumi Okuyama, se inspira nas implicações da palavra “eco” e se estrutura na ideia de pontes e ligações, relacionadas à reunião de textos de diversas publicações que apontam para o passado e o futuro. Encadernado em capa dura, o volume traz o título serigrafado e repetido, como um eco, em seis camadas de tinta.

José Maria de Eça de Queiroz nasceu em Póvoa do Varzim, norte de Portugal, de pais que não eram casados – só o fariam quatro anos depois. Essa situação, escandalosa para a época, talvez tenha contribuído para a visão profundamente crítica à moral da classe média portuguesa que o escritor imprimiu à sua obra. Eça ingressou aos 16 anos na Universidade de Coimbra, de onde saiu formado em Direito. Nesse período reuniu-se a outros jovens literatos, como Antero de Quental, que formaram o grupo conhecido como a Geração 70. Mudou-se para Lisboa, seguindo uma carreira de jornalista que continuaria em Évora e em sua volta para a capital. Em folhetins e na poesia, havia até então sido um adepto do Romantismo. Contudo, na volta a Lisboa, tomou parte no grupo de intelectuais conhecido como “O Cenáculo”. Sob a influência do escritor Gustave Flaubert e do teórico anarquista Pierre-Joseph Proudhon, aderiu ao Realismo.

Em 1870, publicou, em parceria com Ramalho Ortigão, o romance O mistério da estrada de Sintra. No mesmo ano ingressou na carreira diplomática e, dois anos depois, assumiu o posto de cônsul em Havana – seguida por cidades europeias. Em 1895, sob a influência do Naturalismo, publicou o romance O crime do padre Amaro, que provocou protestos da Igreja e de setores da sociedade. Três anos depois, O primo Basílio teve recepção semelhante, apesar do sucesso de vendas. Em 1888 saiu Os Maias, romance considerado sua obra-prima. Parte da extensa obra do escritor, como o romance A cidade e as serras, veio à luz postumamente. Eça, que deixou quatro filhos, morreu em Paris, de tuberculose.

Enviamos suas compras

Entrega em todo o país

Pague como quiser

Cartões de crédito ou à vista no Pix

Compre com segurança

Seus dados sempre protegidos