EM TORNO DO VAZIO - ARTE À LUZ DA PSICANÁLISE
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Como se tornar François Regnault? Há um dom aqui, evidente para todos, e misterioso. François Regnault era assim aos vinte anos. Entre seus colegas da École Normale Supérieure, supostamente selecionados por um concurso exigente em toda a França, e quando três ou quatro turmas coexistiam num mesmo ano, ele já se distinguia por uma erudição que parecia universal, um estilo fulgurante e, acrescento, uma memória de elefante. Vocês o ouviram citar de memória Lacan e Braque, mas ele também o faz em relação a Racine, Victor Hugo, Proust e diversos filósofos.

Aos vinte anos – não contarei toda sua vida – tornou-se especialista em Hegel, mais precisamente na Fenomenologia do Espírito e, se bem me lembro, em particular na segunda parte. Quando falava sobre isso, parecia, se me permitem dizê-lo, o Toscanini dessa sinfonia do saber. Mas talvez suas afinidades mais secretas fossem, e são ainda, com outro filósofo, também enciclopédico: refiro-me a Leibniz, em que vejo o mesmo gosto do múltiplo demonstrado como variação do mesmo, assim como o encantamento pelas enumerações e transposições. [...]

Todas as artes interessaram François Regnault por motivos diferentes. Que crítico musical ele poderia ter sido se continuasse na veia de seu artigo sobre a ópera, escrito com Pierre Macherey. A poesia: seu trabalho sobre o verso francês, composto com Jean-Claude Milner, é uma obra de referência. E, mais secreta, uma obra inédita de poemas requintados completaria esse capítulo. Sobre o cinema, talvez vocês tenham podido ler seus estudos sobre Hitchcock, por exemplo. Quanto ao teatro, suas contribuições são inúmeras: tradutor, autor, ator, crítico, consultor artístico, aguilhão da criação teatral e, hoje, diretor de teatro.

Mas François Regnault, que reuniu um certo número de seus estudos sob o título O Espectador, é, ele próprio, um espetáculo, o que é raro entre os conferencistas intelectuais. Ele não é somente um espectador, ele é, digamo-lo, já que nós o adquirimos para a Biblioteca do Campo freudiano de Barcelona, uma obra-prima de cultura. — Jacques-Alain Miller

 

François Regnault

Filósofo, dramaturgo e tradutor. Em 1974, foi convidado por Jacques Lacan para integrar o Departamento de Psicanálise, então recém-fundado na Universidade de Vincennes. Seus textos e livros, entre os quais se destaca Deus é inconsciente, versam sobre a psicanálise e a estética teatral, num duplo campo que divide o sujeito: o ensino de Lacan e o amor do teatro.

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