FUGIR PARA ADIANTE - O desejo do analista que não retrocede ante as crianças

Qual é a função do inconsciente do analista no encontro clínico com uma criança?  Como se situar em harmonia com essa comunicação entre inconscientes que propunha Freud? Ou como se valer do inconsciente para produzir uma interpretação, segundo sugeria Lacan? Função da palavra, campo da linguagem, lalíngua... Como favorecê-los no encontro clínico com uma criança?

 

Dado que, como o adulto, a criança também está sujeita à ausência de proporção sexual, é ela mesma, com frequência, quem encarna o resto desse cálculo de proporção impossível. Então, qual é a melhor posição para um analista que deve acompanhar um percurso sob o signo de algo tão real? Se a transmissão familiar por vias não biológicas é irredutível, como interrogar o ponto de constituição do sujeito para ler a condição do desejo que o habilita (anônimo ou não)? Como se situar enquanto analista ante os diversos modos de apresentação clínica das crianças sujeitas à holófrase? É possível construir uma lógica para intervir ante as manifestações do sujeito monolítico encarnado por uma criança e os efeitos complexos que produz no laço social (especialmente na instituição escolar)?