Hímeros, o Brilho do Desejo

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A relação entre arte e psicanálise é campo profícuo para a produção de pesquisas. Freud, e também Lacan, nos legaram uma práxis que encontra na expressão artística a matéria prima de sua construção discursiva e conceitual. Menos habitual é esse encontro se dar com base em uma real possibilidade de renovação e vivificação do escopo teórico da psicanálise. Há algo de uma invenção que só pode se realizar em ato, sem que se saiba previamente sua efetividade e efeito. A premissa da qual esse livro parte diz de um ato deste tipo: uma atualização (mise-en-acte) conceitual que afeta diretamente o conjunto dos textos que aqui se encontram. Quem diria que em uma obra clássica como Antígona de Sófocles ainda se poderia encontrar uma pérola encrustada, um significante agalmático, com tal potencial renovador? Pois devemos a Antonio Quinet, organizador desta coletânea, tal gesto coletor, o destaque em um significante escrito há mais de dois mil anos e, como que por acaso, referido por Lacan, em suas famosas lições sobre Antígona no seminário 7, A ética da psicanálise: eis aí, Hímeros, o brilho do desejo ou, como diz Lacan, “o desejo tornado visível”, ímeros enarges. Neste desejo que o Coro assim denomina, no desenlace da tragédia grega, temos a expressão mais direta de uma via de satisfação pulsional que prescinde da referência à falta e à castração – tantas vezes cerne da crítica pós-estruturalista. Que dele se tenha o vislumbre quando da condução da personagem ao seu cadafalso, coloca em cena a borda diante da qual a força remanescente do desejo, em todo seu esplendor, se deixa antever. Um desejo sexual produtivo, não alienado ao Outro; nome, quem sabe, do entusiasmo destemido do analista que, por homologia, só se deixa perceber quando do ato analítico e sua relação com a queda do objeto. Os textos desta coletânea são igualmente movidos por tal gesto, pelo que nele ressoa na transmissão de uma genuína atividade desejante. Maria Cristina C. Poli

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