Microfisica do poder - 11ªED. (2021)
Composta por textos escritos na década de 1970, Microfísica do poder foi elaborado por Foucault na perspectiva de construir resistências específicas aos variados dispositivos do poder.
Microfísica do poder é uma coletânea de artigos, cursos, entrevistas e debates, em que Foucault analisa questões relacionadas à medicina, à psiquiatria, à geografia, à economia, mas também ao hospital, à prisão, à justiça, ao Estado, ao papel do intelectual, à sexualidade etc. Esses textos têm como tema central o poder nas sociedades modernas: sua configuração, sua difusão no corpo social, seu exercício em instituições, sua relação com a produção da verdade, as resistências que suscita. Além disso, eles explicam o método genealógico elaborado por Foucault para analisar como e por que os saberes se constituem a partir de práticas políticas e econômicas.
Há três novidades principais nos textos desta coletânea: primeiro, rejeitar a identificação entre poder e aparelho de Estado, dando importância à rede de poderes moleculares que se expande por toda a sociedade; segundo, caracterizar o poder não apenas como repressivo, mas também como disciplinar, normalizador; terceiro, analisar o saber como peça de um dispositivo político que o produz e é intensificado por ele.
Ao escrever esses textos, acreditando na eficácia das resistências específicas aos variados dispositivos do poder, Foucault desejou se insurgir contra a dominação burguesa que os próprios saberes sobre o homem ajudaram a criar e aperfeiçoar. Não será essa uma das razões do sucesso deste livro?
Um compilado de analises gerais do grande filósofo Michel Foucault, Microfísica do poder reúne a partir de diversas peças cientificas análises e contextos essenciais para entender as dinâmicas de poder na sociedade e todas as suas nuances.
“Onde há poder, ele se exerce. Ninguém é, propriamente falando, seu titular; e, no entanto, ele sempre se exerce em determinada direção, com uns de um lado e outros do outro; não se sabe ao certo quem o detém; mas se sabe quem não o possui.” - Michel Foucault