NÃO HÁ LUGAR PARA A LÓGICA EM KASSEL

Em 2012, Enrique Vila-Matas foi convidado para fazer parte do maior evento de arte contemporânea do planeta- a Documenta, realizada na cidade alemã de Kassel. Lá, ele teria que ocupar a mesa de um restaurante chinês por alguns dias e escrever diante de todos que se aproximassem. Em Não há lugar para a lógica em Kassel, espécie de reportagem romanceada sobre sua participação na feira, esse escritor maduro e experiente que é Vila-Matas se surpreende diante de uma linguagem artística mais complexa do que jamais imaginou. Entre o humor e o espanto, rodeado de estranhezas e maravilhas, o autor põe em xeque o papel do artista frente a uma Europa destroçada pela crise e reconstrói uma visão de mundo e da arte a partir de impensadas perspectivas.