O feiticeiro da tribo: a farsa de Mario Vargas Llosa e do neoliberalismo na América Latina

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Para ser frutífera, a crítica não deve atacar o homem, mas as idéias. A força dessa análise advém do exemplo que o marxista argentino Atilio Boron traz a seus leitores: a beleza da fala não deve nos desviar da abordagem ou dos argumentos (se existirem). É sob esta convicção que diante de nós —e sem anestesia— se pratica um desmantelamento político com rigor e exigência, no auge de uma lenda.

Assim, com a intenção de entender politicamente Vargas Llosa, partimos de seu elogio ao sistema neoliberal – do qual se tornou um grande defensor público – para descobrir um prolífico próximo do poder e de sua ideologia, um disseminador oculto por trás da camuflagem da literatura e do boom latino-americano. O próprio Boron aponta: “Apesar de seu manejo elementar e tendencioso das categorias e teorias da análise política, ou talvez devido ao domínio com que lida com sofismas e ‘pós-verdades’, Vargas Llosa é uma peça fundamental no dispositivo massivo de ‘lavagem cerebral’ e propaganda conservadora que as classes dominantes das metrópoles e seus capangas nas periferias praticam com tanto cuidado”.

“Um dos analistas políticos mais inteligentes e perspicazes da América Latina, Atilio A. Boron, que costumo ler no jornal argentino Página 12, acaba de publicar um livro essencial sobre o livro mais recente do poderoso escritor Mario Vargas Llosa “.
– Felix Población

“Do mesmo modo que lemos livros como o 18 Brumário de Karl Marx não só como uma análise de conjuntura da França do século XIX, mas também como uma aula de como fazer uma análise do tempo presente, essa crítica ao pensamento de Vargas Llosa deve ser encarada como um exemplo, uma aula, de crítica e enfrentamento ao projeto neoliberal.”
– Jones Manoel, historiador, youtuber e prefaciador da obra.

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