O HOMEM SEM DOENÇA
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O romance narra as desventuras tragicômicas no Oriente Médio de Samarendra Ambani, jovem e idealista arquiteto suíço. Sam, como é conhecido pelos amigos, mora em Zurique com a mãe e uma irmã deficiente da qual ele mesmo cuida, e trabalha num pequeno estúdio de arquitetura montado com um sócio. Ao participar de um concurso para a construção de um teatro de ópera em Bagdá, lançado por uma obscura organização internacional chefiada pelo misterioso Hamid Shakir Mahmoud, é selecionado e, posteriormente, convidado para ir ao Iraque. A viagem, iniciada em clima de ingênuo otimismo, rapidamente se transforma em uma experiência traumatizante: no país devastado pela violência, Sam vivenciará a brutalidade da guerra na própria pele: enganado, absurdamente acusado por alguns policiais – que também poderiam ser integrantes de uma milícia – de ser espião, é preso, interrogado e torturado, conseguindo retornar para Zurique graças apenas à inesperada intervenção da Cruz Vermelha. Uma vez em Zurique, Sam tenta retomar a normalidade, mas, ferido no corpo e na mente, não consegue e, pouco tempo depois, viaja para Dubai, a fim de acompanhar o projeto de construção de uma grandiosa biblioteca. No emirado, nosso herói é novamente acusado de espionagem e até de assassinato, acusações que o levarão a um trágico e surreal epílogo. Uma história trágica contada com irresistível ironia, O homem sem doença é um impiedoso ato de acusação contra o idealismo e a hipocrisia do Ocidente, que logra, ao mesmo tempo, divertir e chocar o leitor. Em outras palavras, é um típico romance de Arnon Grunberg. “Um brilhante atentado terrorista contra os bons sentimentos.” MARGUERITE BAUX, GRAZIA “Fazer rir com a guerra, a tortura, o integralismo? É a façanha perversa e difícil conseguida por Arnon Grunberg [...]. Uma farsa fascinante e terrível sobre o idealismo, suprema doença do mundo ocidental.” ELLE “Um romance exemplar, de uma clareza quase aforística, que desmascara sem piedade os cli-chês humanísticos.” TROUW “Arnon Grunberg subverte os códigos do suspense em O homem sem doença, uma obra-prima de humor negro que evoca o estilo dos irmãos Coen, com uma pitada de Nouveau Roman.” L’OBS