O inventor
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Do mesmo autor do premiado Herança
França, meados do século XIX. Esta é a incrível história de Augustin Mouchot. Filho de um serralheiro, esse obscuro professor de matemática se tornou o inventor da máquina movida a energia solar, graças à descoberta de um livro antigo na sua nova biblioteca.
Sua invenção, que batizou de “Octave”, seduziu Napoleão III e recebeu a aprovação das autoridades e da imprensa, tendo sido exibida com sucesso na Exposição Universal em Paris, em 1878. Mas a Revolução Industrial, impulsionada pelo carvão, arruinou seus projetos, que eram considerados demasiado dispendiosos.
Depois de muitos altos e baixos, em uma última cartada, Mouchot tenta reavivar o fogo da sua descoberta sob o escaldante sol argelino, não sem graves consequências pessoais. Com a vivacidade pulsante pela qual o conhecemos, Miguel Bonnefoy oferece nesta biografia o retrato deslumbrante de um gênio atormentado e esquecido.
“Em O inventor, Bonnefoy oferece a biografia romanceada de um pesquisador visionário, afundado no anonimato, cuja intuição profética ele recria brilhantemente. Sem jamais renunciar ao seu gosto pelo conto, o autor oferece alguns desvios saborosos ao prolongar a trajetória de algumas figuras à margem do destino de Mouchot. E os seus leitores verão os laços espirituosos que tece com Herança, graças a uma mulher que joga com as aparências."
Le Monde
"Com uma escrita envolvente e pitoresca, Miguel Bonnefoy nos leva em uma viagem através do destino desse Dom Quixote da energia solar, retratando um homem solitário, obsessivo e patético que é atormentado por doenças, mas que, ao mesmo tempo, é exuberante na sua busca científica."
Laurance Haut, France Info
"A ficção encanta a realidade, o inventor é reinventado. Desfavorecido pela natureza, sem carisma e eloquência, cultivando a solidão, Augustin Mouchot, sob a pena de Bonnefoy, torna-se um magnífico herói através da sua única devoção à investigação, da sua feroz determinação em desafiar o sol para melhor domá-lo e fazer com que o astro-rei beneficie a humanidade. Quando a invenção do romance é tão bem colocada a serviço da ciência, faz brilhar a mente e o coração."
Phillippe Chevilley, Les Échos
"O inventor é um romance graciosamente escrito por um excelente estilista, para quem nada desse passado parece estranho."
Caderno de Cultura, Le Point
"É um texto a ser descoberto, pela generosidade da sua pedagogia, pelo talento de uma narrativa clara e pelos poucos desvios, como a história de um operário alcoólatra que acaba na América do Sul, a aparição quase mágica de uma mulher sobre a cama de Mouchot, os ganchos para os seus trabalhos anteriores, ou as passagens argelinas."