POÉTICA DO DRAMA MODERNO

Poética do Drama Moderno procura definir o novo paradigma da forma dramática surgida nos anos 1880 e que ainda enforma as dramaturgias contemporâneas. A obra estabelece uma ponte entre as primeiras peças da modernidade do teatro, como as de Ibsen, Strindberg e Tchékhov, e as mais recentes, de um Heiner Müller, um Bernard-Marie Koltès ou de um Jon Fosse. Assim, Jean-Pierre Sarrazac põe em evidência a dimensão rapsódica do drama moderno: uma estrutura aberta, profundamente heterogênea, em que os modos dramático, épico e lírico, e até mesmo o argumentativo (dialogismo filosófico que se articula pelo diálogo dramático), não param de compor e sobrepor. Longe de subscrever as ideias de decadência (Lukács), de obsolescência (Lehmann) ou de morte do drama (Adorno), este título delineia os contornos sempre dinâmicos de uma forma cuja liberdade não significa, de modo algum, ausência de forma.