SPK – Fazer da doença uma arma
"Fazer da doença uma arma é o primeiro olhar para um futuro a ser construído, livre de nomes e soluções finais, governadores, fábricas de saúde etc. O Coletivo Socialista de Pacientes (SPK) o chama Utopatia [Utopathie]. Fazer da doença uma arma é e permanece o programa, estável em seus efeitos há mais de 50 anos. O SPK e seu desenvolvimento posterior na Frente de Pacientes (PF) curto-circuita doença e revolução. Isso é e foi mostrado: A saúde é uma quimera biológico-nazista, cuja função na cabeça de cada um é o mascaramento do condicionamento social e da função social da doença.
A doença não é sofrimento e passividade, mas enquanto resultado das relações capitalistas de produção, a doença é, em sua forma desenvolvida enquanto protesto da vida contra o capital, A força produtiva revolucionária para os seres humanos. Os doentes são em si e sofrendo conscientes para si a classe revolucionária. Portanto, ao invés do medo da doença: revolução em virtude e com a força do ser-doente. No fogo da autoestigmatização pela doença, os Pacientes da Frente refundam suas cicatrizes num processo de contágio, ignição e inflamação que, como calor, atravessa de cima a baixo. Assim eles tomam “sua” doença em suas próprias mãos, a terapia é substituída pela agitação, até na vida cotidiana. Eles voltam a doença como protesto para fora, fazem dela uma arma de liberação coletiva. Realidade efetiva livre de médicos.
Tanto mais importante que SPK – Fazer da doença uma arma, manual de ação e guia desta luta de classes e em uso desde 1972, está agora finalmente disponível também numa tradução brasileiro-portuguesa. Ele desdobra as contradições envolvidas na doença e resume nele os princípios e métodos da Patoprática do SPK/PF. Ele mostra como cada um pode ele mesmo fazer SPK/PF e explica o princípio de propagação do Expansionismo Multi-Focal. Complementado por um quadro cronológico dos inícios até hoje, assim como textos do contexto de impacto e de efeito do livro.
Doenças de todos os países, uni-vos!"